A Aymberê Produções Artísticas se une a Aurora Nova e a Nassim Soleimanpour para realizar uma ação mundial que marca um ano de teatros fechados desde o início da pandemia.

Proibido de deixar o Irã, Nassim Soleimanpour escreveu a peça para que esta viajasse em seu lugar. Cada performance é única, com a participação de um ator ou atriz diferente a cada apresentação. O texto é entregue ao artista em um envelope lacrado, para ser aberto apenas diante do público, e lido assim, pela primeira vez.

Esse espetáculo internacionalmente aclamado é uma forma de reconexão ao poder transgressivo e transformador do teatro.

Coelho Branco, Coelho Vermelho, de Nassim Soleimanpour
com a participação de Elias Pintanel
dia 13 de março de 2021, às 20h pela plataforma zoom
capacidade de público: 90 pessoas

Indicado para maiores de 14 anos

Saiba mais sobre a ação assistindo à entrevista com Nassim Soleimanpour

A história:

Sexta-feira, 13 de março de 2020, foi a data em que a maioria dos teatros teve que fechar as portas. A princípio pensamos que esse fechamento duraria apenas um mês, talvez dois, no máximo três. Porém, logo percebemos que assim ficaríamos até hoje, Março de 2021.

A exatamente 10 anos atrás, Wolfgang Hoffmann, diretor da Aurora Nova (agência internacional de artistas sediada em Berlim), esteve no festival de teatro de Fadjr em Teerã e conheceu um jovem dramaturgo que, por ter se recusado a prestar o serviço militar, não tinha passaporte.

Para levar sua obra ao público internacional o autor escrevera uma peça que deveria ser executada como uma leitura cênica, sem a necessidade de diretor, ensaios ou cenário. Tudo o que a peça exigia era a presença de um/a atriz/ator corajoso/a que se dispusesse a ler o texto pela primeiríssima vez, já em frente ao público, em uma sessão teatral.

Wolfgang gostou do jovem rapaz e apostou em sua idéia, se propondo a apresentar a peça no Festival Edimburgo Fringe naquele mesmo ano.

Dez anos depois, a peça Coelho Branco Coelho Vermelho, se tornou amplamente difundida, traduzida para mais de 30 línguas e encenada por muitos dos mais respeitados artistas da classe teatral no mundo.

O chamado:

O autor, Nassim Soleimanpour, vive hoje em Berlin e nesse momento constata que nosso mundo está encurralado, mais ou menos como ele mesmo estivera, há dez anos atrás. Dessa constatação surgiu a idéia de oferecer essa peça como um veículo para conectar e fortalecer produtores, artistas, teatros e público mundo a fora.

Nassim e Aurora Nova ofereceram a licença da peça, gratuitamente, para ser encenada em 13 de março de 2021 – data que marca um ano de salas fechadas desde a eclosão da pandemia.

A idéia era que peça pudesse acontecer em qualquer lugar, fechado ou aberto, pequeno ou grande, atendendo as restrições trazidas pela COVID em diferentes parte do mundo.

A resposta:

Patricia Ceschi, diretora da Aymberê Produções, teve a sorte de estar na estréia de Coelho Branco, Coelho Vermelho em Edimburgo 2011 e desde então produziu extensamente a peça no Brasil. Uma das primeiras viagens internacionais de Nassim, após conseguir a emissão de seu passaporte, foi ao nosso país em 2013!

Quando o chamado para a ação mundial de 13 de março foi lançado, a Aymberê prontamente o aceitou.

Primeiramente a idéia era realizar o espetáculo ao vivo, no Teatro Municipal de Botucatu, com o apoio da Prefeitura e Secretaria Municipal de Cultura da cidade.

Porém o estado de São Paulo entrou em um novo lockdown e passou-se então para a opção online, via zoom.

A ação:

No próximo dia 13 de março de 2021, às 20h, Coelho Branco, Coelho Vermelho será encenada na plataforma zoom, com a participação especial do ator Elias Pintanel, residente em Botucatu.

A apresentação será realizada gratuitamente no Brasil com capacidade para acolher até 90 pessoas, online.

Os interessados deverão se inscrever aqui.

O atendimento será por ordem de inscrição e haverá uma lista de espera, para o caso de inscritos não comparecerem no dia da apresentação.

O corajoso ator:

Elias Pintanel – ator, diretor e professor de teatro. Com carreira artística e acadêmica iniciada em Pelotas/RS (graduação em Teatro Licenciatura – UFPEL), há seis anos se encontra no estado de São Paulo participando da Cia Os Barulhentos de São Paulo capital e diretor da Cia Poética de Botucatu/SP. Tem como principais trabalhos como ator: “Pós-Fausto” (2011-2018), com direção de Adriano Moraes, e “Aqui estamos com milhares de cães vindos do mar” (2015-2020) – Prêmio APCA de Melhor Espetáculo em 2015, com direção de Rodrigo Spina.


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